MONTE OU INVISTA EM ESCRITÓRIOS VIRTUAIS, ESPECIALMENTE PROPRIETÁRIOS DE IMÓVEIS “PARADOS” E OBTENHAM FATURAMENTO ACIMA DE 20 MIL REAIS
POR: SEVERINO MAMEDE – ADVOGADO E CONSULTOR
Num cenário onde cada vez mais profissionais partem para o empreendimento individual, tendo o capital como seu know-how. Computadores, celulares; os serviços de Escritório Virtual como terceirização, vem incorporando serviços diferentes e oferece bom potencial a novos empreendedores.
Racionalização de custos, necessidade de maior agilidade nos negócios e aumento no número de profissionais liberais que abrem empresas. Basicamente, são esses os fatores que impulsionam os centros de negócios, modalidade de empreendimento relativamente nova no Brasil. Nascidos sobretudo a partir das privatizações dos anos 90, os também chamados escritórios virtuais continuam apresentando boa perspectiva de expansão, o negócio será próspero se o custo fixo não for alto e a localização for boa.
Operacionalmente, os escritórios virtuais são bastante simples. A rigor, trata-se apenas de um imóvel amplo, bem localizado, com salas dotadas de móveis e alguns equipamentos, que são oferecidas para locação, por períodos curtos, a autônomos e empresas. Normalmente estão instalados em conjuntos comerciais localizados em bairros de grande concentração de escritórios, bancos e comércio em geral. A recomendação básica é que a empresa inicie as atividades com pelo menos 4 a 6 salas para locação ou uma sala acima de 80m² (veja o box ‘Planta básica de um centro de negócios’).
A atividade comporta diferentes modalidades de prestação de serviços. Em alguns casos é oferecido apenas atendimento telefônico, com repasse de recados para o cliente, e serviços eventuais, como digitação ou xerox. Há exemplos de profissionais liberais que se instalam temporariamente, de firmas de recursos humanos que usam o local para realizar treinamentos ou recrutamento para contratação e até de psicólogos que atendem pacientes. Às vezes eles também são utilizados como endereço fiscal e, nesse caso, o endereço do escritório consta legalmente no contrato social do cliente.
Quem pretende investir na área deve oferecer um atendimento diversos. São variados públicos que exigem tipos específicos de ambiente, assim como de recursos tecnológicos, orienta Severino Mamede, do EVB – www.virtualbrasilrj.com.br. Ele está no ramo desde 2005, quando abriu um escritório no Centro do Rio de Janeiro. Que atualmente, montou um formato de negócio e busca fazer parcerias com proprietários ou responsáveis por imóveis comerciais acima de 80m² nos grandes centros financeiros do País, cujo faturamento será em torno de 200 reais por metro quadrado ou 20 mil para uma sala de 80 metros, segundo estimativa.
EXPANSÃO CERTA
Para personalizar o atendimento, o empresário precisa investir em telefonia digital. Com o equipamento, a recepcionista identifica previamente a empresa que está sendo chamada e atende com a respectiva identificação. É uma ferramenta valiosa, já que mais de 85% dos 95% clientes do EVB – Escritórios Virtuais Brasil Ltda. mantêm contrato de atendimento telefônico. Os demais usam as instalações para receber clientes, fazer reuniões, seleção de funcionários, treinamentos ou para execução de trabalhos em computador. O aluguel de salas por períodos mais longos ainda é pouco expressivo, mas tem crescido.
Em função do aumento na demanda, os empresários acabam ampliando os empreendimentos. Ele terá mais sete salas, entre escritórios executivos e pequenas estações de trabalho. Nesse formato o faturamento mensal tende aumentar em 40%, prevê Severino Mamede, que é advogado e consultor de negócios em Startups e se dedica ao estudo de Centro de negócios há quase 15 anos.
E, de fato, o leque de clientes em potencial é bastante grande. Ao contrário do que ocorria há alguns anos, quando apenas as multinacionais utilizavam o serviço, hoje qualquer pessoa que pretende iniciar um negócio na área de prestação de serviços avalia a possibilidade de recorrer a um escritório virtual. Estudioso do assunto, Mamede diz que ainda há muito mercado a ser explorado. Além das empresas, são públicos-alvo os advogados, arquitetos, engenheiros, representantes comerciais, artistas, pesquisadores, consultores, prestadores de serviços terceirizados e profissionais liberais.
A captação dessa clientela se dá pela divulgação em lista telefônica, Internet e propaganda boca a boca. Nos EVBs Escritórios, fundada há 10 anos no Rio de Janeiro, Capital, o cliente que indica novos locatários para contratos de um ano recebe 3 primeiras mensalidades como bônus, conta o sócio Jorge Leite.
Com parceiros. EVB tem sede na capital carioca e duas parceiros. A de Recife, por exemplo, foi aberta para atender à demanda do com necessidade de endereço comercial e empresarial. As filiais já têm já representam 50% da receita mensal, em relação a montada há cerca de 10 anos. A expectativa é crescente. Na busca por diferenciar-se, o escritório carioca publica um informativo semanal aos na internet, com dicas úteis para profissionais liberais e para os negócios e empreendedorismos.
Para suprir deficiências, no entanto, o jeito é estabelecer boas parcerias. No caso da EVB, por exemplo, a sala de reunião pode ser utilizada como sala comum, de atendimento ou treinamento, além dos layouts das salas que podem ser adequados ao gosto dos clientes.
As possibilidades de parcerias são amplas e as parcerias ajudam muito a estruturar os empreendimentos. Mas é preciso colocar a mão na massa e investir tempo e algum capital, mesmo que em forma de cessão, como é o caso de ceder o imóvel para estruturação dos Escritórios. Antes mesmo de montar uma empresa, faz-se acordos com locadoras de móveis, de equipamentos e com vários prestadores de serviços.
Incorporar a oferta de novos e mais sofisticados serviços é, efetivamente, uma forma de ampliar o potencial de negócios de um escritório virtual. Além disso, um outro bom filão são os hotéis que instalam centros de apoio para seus hóspedes. Em muitos casos, eles convidam empresas do ramo para administrar o espaço, como acontece, por exemplo, com a Virtual, de Porto Alegre. Com essas e outras possibilidades, a atividade tem muito a oferecer.
Veja os quadros complementares que discriminam como montar um escritório virtual, conforme delineado na matéria acima.
1. Investimento inicial |
DISCRIMINAÇÃO | VALORES EM R$ | ||
CASO 1 | CASO 2 | ||
INVESTIMENTO FIXO | |||
Reforma e decoração | 27.600 | 27.600 | |
Equipamentos de informática, retroprojetor e outros utensílios | 10.500 | 5.600 | |
Central telefônica | 14.000 | 2.200 | |
Criação de site | 2.000 | 1.000 | |
Propaganda e divulgação | 2.000 | 4.300 | |
Soma 1 | 56.100 | 40.700 | |
CAPITAL DE GIRO | |||
Materiais de escritório | 1.000 | 3.000 | |
Despesas com pessoal (quadro 2) | 2.525 | 595 | |
Outras despesas fixas (quadro 2) | 4.070 | 3.690 | |
Soma 2 | 7.595 | 7.285 | |
Total (1+2) | 63.695 | 47.985 | |
Os dados do Caso 1 foram baseados numa empresa de São Paulo. A do Caso 2 é de Porto Alegre (RS) | |||
DESPESAS MENSAIS
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RESULTADOS OPERACIONAIS MENSAIS
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